Estamos já na quinta semana da Quaresma e, hoje, escutamos o Evangelho da ressurreição de Lázaro (Jo 11,1 45). "Ele faz-nos meditar que todos nós precisamos de morrer para nós mesmos, a fim de alcançar, em Cristo, a verdadeira vida. A nossa primeira passagem da morte à vida deu-se no Batismo, pelo qual “morremos com Cristo, com Ele fomos sepultados, para vivermos uma vida nova” (Rm 6,4).
O Evangelho acentua, por cinco vezes, a relação de amizade de Jesus por Lázaro e pelas suas irmãs: «Vede como era seu amigo» (Jo 11, 36) e, ao mesmo tempo, desenvolve o diálogo orante de Jesus com o Pai: «Pai, dou Te graças por me teres atendido» (Jo 11,41). Pelo que, nesta semana, somos desafiados a valorizar a ORAÇÃO, como um "tratar de AMIZADE com Aquele que sabemos que nos ama” (Santa Teresa de Jesus, Livro da Vida, 8,5). “O apelo à oração é comum a todas as aparições, em Fátima, de maio a outubro de 1917. (…) Sem oração não há conversão. Sem conversão não há mudança de vida. Sem mudança de vida não há paz. O mundo novo começa quando o homem se abre a Deus, em oração e adoração” (PDP 2016/17, p. 28). “Em Fátima ouvimos falar de coisas escondidas – conversão, oração, penitência – que parecem não ter nenhuma importância política, mas são coisas decisivas, são as formas renovadoras do mundo” (Cardeal Ratzinger). O apelo da Virgem de Fátima aos pastorinhos é constante nas aparições: «orai, orai muito».
Rezemos juntos, para que cresça a nossa amizade com Cristo e se renove o amor entre nós. E rezemos com coração de filhos, a oração do Pai-Nosso, que é entregue a quantos se querem tornar discípulos do Senhor. Quando começamos a meditar um mistério do rosário, pela oração do Pai-Nosso, mesmo que estejamos sozinhos, estamos sempre unidos, em comunhão com a Igreja, a todos os nossos irmãos (cf. RVM 32). Rezemos juntos."