segunda-feira, 11 de abril de 2016

Semana de Oração pelas Vocações


No início desta semana de oração pelas vocações consagradas, sob o tema «A Igreja, mãe de vocações», peçamos ao Senhor que conceda, a todas as pessoas que estão a realizar um caminho vocacional, uma profunda adesão à Igreja; e que o Espírito Santo reforce, nos Pastores e em todos os fiéis, a comunhão, o discernimento e a paternidade ou maternidade espiritual.
Eis a mensagem do Papa Francisco, resumida em 10 pontos chave, para meditarmos ao longo desta semana...
1. Todos os batizados possam experimentar a alegria de pertencer à Igreja e de, nela, redescobrir a vocação cristã geral, bem como a particular (de cada um), na comunidade que é «terra» onde toda a vocação germina, cresce e frutifica.
2. Demos graças pela comunidade, porque ela é o lugar onde a ação misericordiosa do Senhor nos perdoa os pecados, abrindo-nos à vida nova que se concretiza no chamamento ao discipulado e à missão. A conversão e a vocação são duas faces da mesma medalha, interdependentes durante toda a vida do cristão.
3. O primeiro passo do processo de Evangelização é a adesão à comunidade cristã, incorporação que compreende o acesso a toda a riqueza da vida eclesial, nos Sacramentos e na vida da Igreja, a que somos chamados a dar crédito.
4. A comunidade é, também, mediação onde somos chamados a uma vocação específica. Ela é antídoto para a indiferença e o individualismo, permitindo-nos sair de nós mesmos e a colocar toda a nossa existência ao serviço de Deus e do povo.
5. Todos os fiéis são, pois, chamados a ser responsáveis no cuidado para com as vocações e o seu discernimento, pelo que toda a comunidade cristã não cessa de estar presente na germinação das vocações, na sua formação e perseverança.
6. A vocação nasce na Igreja, “lugar” onde acontece o despertar de uma vocação, através de um justo “sentido” de Igreja. É-se chamado para a Igreja e para o mundo. O sinal de autenticidade de um carisma é a sua eclesialidade, pelo alargar do próprio horizonte eclesial, realizando um discernimento mais objetivo a partir do conhecimento dos múltiplos carismas, cujas diferenças não fazem perder, mas reforçar, os vínculos de comunhão em todos.
7. A vocação cresce na Igreja, espaço educativo fundamental que todos os candidatos são chamados a conhecer cada vez melhor, superando a visão limitada que todos temos inicialmente, através de experiências apostólicas, como a catequese na paróquia, a evangelização das periferias, visitando a clausura e abrindo o olhar sobre a vida dos missionários que vão para fora.
8. A vocação é sustentada pela Igreja, depois do compromisso definitivo que atua a sua continuidade na disponibilidade para o serviço, na perseverança e na formação permanente. Em suma, é a necessidade na Igreja que chama a sair e a voltar, como nos revela a história dos Apóstolos, sustentados e acompanhados pela comunidade cristã, onde encontram segurança na missão até à vida eterna.
9. Os sacerdotes são agentes pastorais a quem se dá particular relevância, pelo cuidado pela pastoral das vocações que são chamados a realizar como parte fundamental do seu ministério, acompanhando tanto aqueles que andam à procura da própria vocação, como os que já ofereceram a vida ao serviço de Deus e à comunidade.
10. A vocação tem um dinamismo eclesial de que todos os fiéis são chamados a consciencializar-se, para que as comunidades possam tornar-se, a exemplo da Virgem Maria, seio materno que acolhe o dom do Espírito Santo. Esta maternidade da Igreja exprime-se através da oração perseverante pelas vocações, da ação educativa, do acompanhamento daqueles que sentem o chamamento de Deus e da cuidadosa seleção dos candidatos ao ministério ordenado e à vida consagrada.

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