domingo, 30 de abril de 2017

III Domingo da Páscoa


A experiência dos discípulos de Emaús ensina-nos que não vale a pena encher os lugares de culto, se os nossos corações estiverem vazios do temor de Deus e da Sua presença; não vale a pena rezar, se a nossa oração dirigida a Deus não se transformar em amor dirigido ao irmão; não vale a pena ter muita religiosidade, se não for animada por muita fé e muita caridade...

A fé verdadeira é a que nos torna mais caridosos, mais misericordiosos, mais honestos e mais humanos; é a que anima os corações levando-os a amar a todos gratuitamente, sem distinção nem preferências; é a que nos leva a ver no outro, não um inimigo a vencer, mas um irmão a amar, servir e ajudar; é a que nos leva a espalhar, defender e viver a cultura do encontro, do diálogo, do respeito e da fraternidade; é a que nos leva a ter a coragem de perdoar a quem nos ofende, a dar uma mão a quem caiu, a vestir o nu, a alimentar o faminto, a visitar o preso, a ajudar o órfão, a dar de beber ao sedento, a socorrer o idoso e o necessitado.
A verdadeira fé é a que nos leva a proteger os direitos dos outros, com a mesma força e o mesmo entusiasmo com que defendemos os nossos. Na realidade, quanto mais se cresce na fé e no seu conhecimento, tanto mais se cresce na humildade e na consciência de ser pequeno...

domingo, 23 de abril de 2017

Domingo da Divina Misericórdia

“Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom. É eterna a Sua Misericórdia”, assim canta a Igreja, nesta Oitava da Páscoa, neste domingo, que São João Paulo II, desde o início do novo milénio, quis que fosse também chamado «Domingo da Divina Misericórdia». Hoje, na Eucaristia das 19h00, ao sermos aspergidos com a água batismal, recordarmos quanto Cristo derrama com abundância esta misericórdia sobre a humanidade, sobre todos os Seus filhos e sobre cada um de nós.



domingo, 9 de abril de 2017

Domingo de Ramos na Capela de Santo António


Desde o princípio da Quaresma, vimos a preparar-nos para a celebração anual da Páscoa, “caminhando, com Maria, pelas fontes da alegria” e hoje, reunimo-nos para darmos início, em união com toda a Igreja, à celebração do mistério pascal do Senhor, isto é, da sua Paixão e Ressurreição. 
Nesta semana, que é a Semana Santa, a semana maior do ano litúrgico, tomamos como fonte de alegria o sacrifício de Cristo, que Se entregou à morte por todos nós.
Obrigada, Pe. Simão Pedro, por tão bela celebração!





terça-feira, 4 de abril de 2017


Estamos já na quinta semana da Quaresma e, hoje, escutamos o Evangelho da ressurreição de Lázaro (Jo 11,1 45). "Ele faz-nos meditar que todos nós precisamos de morrer para nós mesmos, a fim de alcançar, em Cristo, a verdadeira vida. A nossa primeira passagem da morte à vida deu-se no Batismo, pelo qual “morremos com Cristo, com Ele fomos sepultados, para vivermos uma vida nova” (Rm 6,4). 
O Evangelho acentua, por cinco vezes, a relação de amizade de Jesus por Lázaro e pelas suas irmãs: «Vede como era seu amigo» (Jo 11, 36) e, ao mesmo tempo, desenvolve o diálogo orante de Jesus com o Pai: «Pai, dou Te graças por me teres atendido» (Jo 11,41). Pelo que, nesta semana, somos desafiados a valorizar a ORAÇÃO, como um "tratar de AMIZADE com Aquele que sabemos que nos ama” (Santa Teresa de Jesus, Livro da Vida, 8,5). “O apelo à oração é comum a todas as aparições, em Fátima, de maio a outubro de 1917. (…) Sem oração não há conversão. Sem conversão não há mudança de vida. Sem mudança de vida não há paz. O mundo novo começa quando o homem se abre a Deus, em oração e adoração” (PDP 2016/17, p. 28). “Em Fátima ouvimos falar de coisas escondidas – conversão, oração, penitência – que parecem não ter nenhuma importância política, mas são coisas decisivas, são as formas renovadoras do mundo” (Cardeal Ratzinger). O apelo da Virgem de Fátima aos pastorinhos é constante nas aparições: «orai, orai muito». 
Rezemos juntos, para que cresça a nossa amizade com Cristo e se renove o amor entre nós. E rezemos com coração de filhos, a oração do Pai-Nosso, que é entregue a quantos se querem tornar discípulos do Senhor. Quando começamos a meditar um mistério do rosário, pela oração do Pai-Nosso, mesmo que estejamos sozinhos, estamos sempre unidos, em comunhão com a Igreja, a todos os nossos irmãos (cf. RVM 32). Rezemos juntos."


V domingo da Quaresma


Jesus veio realizar o desígnio de Deus e dar aos homens a vida definitiva. Ser “amigo” de Jesus e aderir à sua proposta (fazendo da vida uma entrega obediente ao Pai e um dom aos irmãos) é entrar na vida definitiva. Os crentes que assim vivem experimentam a morte física; mas não estão mortos: vivem para sempre em Deus.
Ser amigo de Jesus é saber que Ele é a ressurreição e a vida e que dá aos seus a vida plena, em todos os momentos. Ele não evita a morte física; mas a morte física é, para os que aderiram a Jesus, apenas a passagem (imediata) para a vida verdadeira e definitiva. Para os “amigos” de Jesus – para aqueles que acolhem a sua proposta e fazem da sua vida uma entrega a Deus e um dom aos irmãos – não há morte… Podemos chorar a saudade pela partida de um irmão, mas temos de saber que, ao deixar este mundo, ele encontrou a vida plena, na glória de Deus.