domingo, 3 de agosto de 2014

FÉRIAS

Meses de verão, tempo de férias! 
Ocasião oportuna para refletirmos sobre a necessidade de pararmos um pouco, sobre a obrigação de repousarmos!
O ritmo da vida atual é tão rápido e agitado que não nos deixa viver dum modo mais humano. Há tantas coisas a fazer, muitas delas são inadiáveis e urgentes –“o tempo não dá para nada”. E lá estamos nós a sermos comandados pelo relógio, por uma série de pressas que não nos deixam livres.
Falta tempo disponível que nos dê ocasião para nos encontrarmos connosco, em paz, reflexão e oração. Sentimos, e reparamos nos outros, que os afazeres passam para primeiro lugar, e que as pessoas ficam adiadas. Por vezes em nome das nossas muitas ocupações, facilmente nos desculpamos de não termos tempo para estar com Deus, com a família, com os amigos, para estarmos despreocupadamente com as pessoas…
Descansar não é apenas um direito, é também um dever e uma obrigação. É ou não é verdade que por vezes os outros são vítimas do nosso nervosismo?
Por respeito aos outros e por respeito a nós próprios, é nossa obrigação descansar.
As pessoas falam connosco, mas falta-nos o tempo para lhes oferecermos. Não tanto o tempo do relógio, mas o tempo interior da nossa paz, do próprio acolhimento. Jesus Cristo no evangelho tem uma Palavra cheia de sabedoria: “Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu cuidado”. Vivemos no dia seguinte. Urge viver com os pés bem assentes na terra do hoje!
Fazer férias, descansar, não é o mesmo que não fazer nada. Saber descansar, aproveitar os tempos livres, é uma arte que deve humanizar a nossa profissão, a nossa vida familiar e social… A nossa relação com Deus! Descansar, fazer férias, é libertarmo-nos da monotonia do sempre igual dia a dia.
Há que parar no ritmo diluviano das próprias ocupações. Há que viver no dia de hoje e não no sobressalto do dia seguinte. Sermos nós próprios, para bem de todos.
Tomemos como referência a palavra simbólica do Livro do Génesis: “No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou”. Contudo, apesar de não haver Eucaristia Dominical na Capela de Santo António até ao dia 07 de setembro, Deus não entrou de férias! Por isso, e como descanso não significa falta de compromisso, na Igreja Matriz haverá Missa Vespertina pelas 20h15 (inclusive no dia 14), Eucaristia Dominical pelas 09h45 (inclusive no dia 15) e Celebração da Palavra, de terça a sexta, pelas 09h00.
A todos desejamos umas Boas Férias, com tempo para Jesus.



sábado, 2 de agosto de 2014

Cartaz do XVIII Domingo do Tempo Comum

Deus tem uma proposta de liberdade e vida para os oprimidos, convidando-os a sair do exílio e da dependência dos que vivem à custa de explorar o povo. Essa proposta de vida nasce e cresce na partilha dos bens da criação. Quando partilhamos bens essenciais para uma vida digna, é possível saciar a todos e ainda sobrar.
Quem toma consciência disso e age nesse sentido torna-se profeta da esperança e missionário do mundo novo, enfrentando com consciência de vitorioso todos os obstáculos.
A Santa Ceia, é o memorial da vida nova inaugurada por Jesus. Celebrá-la é tomar consciência disso, fazendo tudo o que for possível para construir uma sociedade justa, fraterna e de igualdade. Qual a boa notícia que anunciamos aos milhares de pobres que frequentam as nossas celebrações? Que fazemos para não frustrar as suas esperanças?